HORA SAGRADA (2007)

Hora Sagrada

Realização:    Ruben Sousa e Nuno Soler
Argumento:   Ruben Sousa e Nuno Soler
Elenco :          João Azevedo; Diana Costa e Silva, Carlos Faria; Rafael Fonseca; João Largarto, André Matos; Diogo Mesquita; Andreia Nunes; Vítor Pedrosa; André Saraiva; Francisco Sousa; Antónia Terrinha; João Zagalo
Direcção de Fotografia: Carlos Nogueira Melo
Direcção Artística: Eliana Correia, Eduardo Cunha e Rita Quaresma
Imagem: Élio de Sousa Martins
Som: Diogo Baena e David Neto
Ideia Original: Marco Ferreira
Música Original: Ricardo Silva
Arranjos Musicais: Sandro Pereira
Montagem: Pedro Costa, Ruben de Sousa e Nuno Soler
Pós-Produção: Carlos Nogueira Melo, Ricardo Espírito Santo e Ana Cristina Nunes
Pós-Produção Áudio: Biogo Baena, David Neto e André Matos

TRAILER

Lisboa, noite de 25 de Abril de 1974. Luísa e os pais, Sr. José e Sra. Augusta, uma família de classe média-alta, procuram jantar descansadamente, desligados do que se passa nas ruas. Liderados pelo chefe de família, homem de convicções e valores de direita política, oram à mesa agradecendo a refeição. As malas feitas encostadas a um canto, antecipam a viagem que o patriarca espera, lhes dê refugio do choque ideológico.
Luísa, uma rapariga até então habituada a uma vida facilitada e circundada pelos valores do regime em queda, mostra-se incomodada com a passividade dos pais. Nunca os tinha contrariado mas está disposta a fazê-lo agora, recusando-se a partir por algo que julga ser uma causa maior. Motivada pelo romantismo da revolução ela encontra-se claramente ansiosa, perspectivando a chegada do namorado Afonso, um Furriel das Forças Armadas fiel seguidor da ideologia comunista. O plano destes é, juntos, seguirem a vida ideológica que sonham.
Entre esta ansiedade, a família é surpreendida pela entrada forçada de um grupo de militares liderados pelo próprio Afonso que, num misto de culpa e impotência deixa para um Cabo a ordem de prisão para o Sr. José. Para grande surpresa de Luísa, Afonso segue de uma forma intransigente as ordens dos seus superiores. Desiludida, ao ver o sonho destronar-se a seus pés, revolta-se contra o amante e é no meio deste conflito entre Luísa, Afonso e Sr. José, que um documento é revelado. Esta peça incrimina Sr. José como colaborador do Antigo Regime. Luísa sente-se perdida. Duplamente desamparada ela volta-se para a mãe, que igualmente magoada com o marido, faz-se ouvir pela primeira vez na sua impassivel vida. Luisa incita-a a tomar uma posição que ela nunca pôde tomar enquanto mulher à mercê de uma sociedade repressora. Prepara-se para sair de casa quando é retida pelo movimento do pai que, em desespero, saca de uma arma que mantinha oculta pela camisa e aponta à própria cabeça. Os militares reagem instintivamente erguendo também as suas armas. Luísa encontra-se no meio do conflito. Surpreendentemente esta tem uma postura fria para com o pai e volta-lhe as costas, saindo de casa.
Luísa chora na rua, por entre a multidão em euforia. Lá dentro, Afonso dá ordem para que se baixem as armas e numa renúncia à sua carreira militar desobedece às ordens impostas deixando o Sr. José entregue à sua própria ruína. Corre ao encontro de Luísa. Esta debate-se, esbofeteando-o e contorcendo-se, e por fim chora agarrada a Afonso. Já num gesto sereno, retira do bolso do casaco meia dúzia de balas que deixa cair na sarjeta mais próxima. Um beijo apaixonado procura gritar mais alto que a multidão que os rodeia.

CURTA-METRAGEM

MAKING-OF

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